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O Exército de Cesar

Registro da violência da guarda municipal contra os camelôs, durante a gestão do prefeito Cesar Maia no Rio de Janeiro (2001 – 2008). Neste contexto de repressão, nasce o Movimento Unidos dos Camelôs, que em 2010 completou 7 anos. Atualmente, o exército de Cesar já não está nas ruas, mas o Choque de Ordem promovido pelos novos ditadores Eduardo Paes e Rodrigo Bethlem continua esta mesma política de opressão aos trabalhadores informais.

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Camelôs comemoram terceiro aniversário do MUCA

O Movimento Unificado dos Camelôs (Muca) comemorou na sexta-feira, dia 30, às 15h, na Candelária, o terceiro aniversário de sua criação. O Muca foi fundado em 1º de julho de 2003 com o apoio da CUT. Participaram da festa camelôs do Centro, da Tijuca e de Madureira, além da presidente da CUT-RJ, Neuza Luzia Pinto; do vice-presidente, Darby Igayara e dirigentes de sindicatos filiados à CUT e jovens do movimento estudantil. Neuza lembrou aos donos da festa que é a união e resistência que garante o direito dos ambulantes ao trabalho.

Nesses três anos, o Muca travou uma luta incansável pelo direito do camelô ao trabalho e contra a violência da Guarda Municipal da administração César Maia (PFL). “A orientação dada por César Maia à Guarda Municipal, que cumpre suas ordens, resultou em muito sofrimento para aqueles que dependem do comércio ambulante para sobreviver”, afirma a coordenadora do Movimento, Maria de Lourdes.

Maria, que ficou conhecida na cidade como a Maria dos camelôs, conta que, nos últimos anos, 230 camelôs foram presos na cidade.

“O Carlos Renato ficou cego de tanto apanhar da Guarda Municipal. No dia 24 de setembro de 2003, o vendedor de castanhas André morreu, vítima de um atropelamento na Av. Atlântica, quando fugia da fúria insana de guardas municipais que já tinham se apoderado de sua mercadoria por várias vezes”, denuncia Maria.
Leia a seguir, entrevista de Maria de Lourdes dos Santos – Maria dos Camelôs -, em nome do MUCA, concedia a Nestor Cozetti, da Rede de Jornalistas Populares.

Nestor – Como os camelôs podem se defender do modo como são criminalizados ao revenderem os produtos chamados ‘piratas’?
Maria – Em primeiro lugar, eu não defendo a pirataria, eu defendo o direito ao trabalho, ou seja, defendo os trabalhadores. O direito universal ao trabalho, a ganhar o sustento de sua família. Apesar de achar que isso é uma besteira, o questionamento de que é pirataria, porque você vai à loja comprar um cd, por exemplo, e ele custa R$ 50, 60 e até 70 reais, e aí você, que é pobre, não vai poder comprar. E, neste caso de alto preço, estará sem o direito de ter acesso a essa cultura. O que parece feito de propósito, o preço, para somente o rico ter acesso.

Nestor – Quais as razões que levam os ambulantes a fazer este tipo de trabalho?
Maria – O desemprego. Mas quero deixar bem claro que esta prática não é somente dos vendedores ambulantes. Todos sabemos que os estudantes tiram cópias de livros e isto também é pirataria, mesmo que não seja para vender. Enfim, todo mundo faz cópias de produtos, inclusive alguns para vender, para sobreviver.

Nestor – Vocês sofrem muitos tipos de perseguição?
Maria – Sim, da Guarda Municipal que nos ataca fisicamente e rouba nossos produtos. Quando faz a apreensão das nossas mercadorias não o faz legalmente, como manda a lei, registrando o auto de apreensão e dando-nos uma cópia, o que seria o correto. Eles levam nossas mercadorias, roubam-nos e não nos devolvem mais, e, inclusive temos denúncias de que guardas municipais revendem nossas mercadorias.

Nestor – Quais são as suas principais reivindicações?
Maria – A organização do comércio ambulante, a prefeitura nos cedendo espaços próprios no centro da cidade, com barracas padronizadas, todo mundo registrado direitinho como vendedor ambulante junto a um órgão competente, inclusive nos cobrando os devidos impostos. E que nós tenhamos o direito ao atendimento junto ao INSS, pois estaremos sendo contribuintes.

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A hora é essa

Após as reflexões no Fórum Social Urbano, nos aproximando de outras lutas como pela moradia e o direito a cidade. Agora temos que reunir as forças, os companheiros e companheiras para traçar nossos rumos. Vamos colocar o questionário nas ruas, aquele elaborado junto com a Defensoria Pública, para levantar dados concretos do que vem acontecendo com os camelôs. Faremos uma ampla reunião no dia 15 de abril e vamos eleger uma coordenação do MUCA e encaminhar nossas lutas. Vamos esperar as licenças até quando? O cadastramento foi feito, mas sabemos que na área da Tijuca haverá a distribuição de TUAPs, mas no Centro e Madureira teremos que esperar, enquanto isso continuamos correndo da Guarda Municipal ou pagamos arrego, ou taxas para associações, ou d

Passeata dos camelôs da Candelária até a Prefeitura, em Julho de 2003

iárias para feiras. Precisamos construir e fortalecer uma representação autêntica, que defenda os interesses da maioria dos trabalhadores. O MUCA já demonstrou várias vezes estar ao lado dos que enfrentam dificuldades.

Com o pretexto de organizar a cidade para a Copa do Mundo continuarão as arbitrariedades do Choque de Ordem e os ambulantes continuarão a serem perseguidos, só com nossa organização e com nossa luta, através da participação em assembléias é que poderemos conquistar o respeito das autoridades e dos cidadãos. Vamos defender nosso direito ao trabalho e a cidade.
Eles deveriam colocar em ordem os serviços públicos de Educação, as escolas municipais estão piores, os hospitais e postos de saúde continuam ruins e os transportes também sempre lotados, com engarrafamentos e muito desrespeito aos cidadãos pobres na nossa cidade.
A nossa voz pode ser o MUCA depende de sua participação, o medo e a submissão constroem nossa desunião. Quando homens e mulheres enfrentarem seus problemas com coragem e determinação haverá possibilidade de conquistar uma cidade digna para nós e nossos filhos.
Convidamos a todos os trabalhadores ambulantes para reunião dia 15 de abril às 16hs na av. Presidente Vargas 502 /15º andar, no auditório da Central Única dos Trabalhadores.

Após as reflexões no Fórum Social Urbano, nos aproximando de outras lutas como pela moradia e o direito a cidade. Agora temos que reunir as forças, os companheiros e companheiras para traçar nossos rumos. Vamos colocar o questionário nas ruas, aquele elaborado junto com a Defensoria Pública, para levantar dados concretos do que vem acontecendo com os camelôs.

Distribuição do bolo de aniversário na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro

Faremos uma ampla reunião no dia 15 de abril e vamos eleger uma coordenação do MUCA e encaminhar nossas lutas. Vamos esperar as licenças até quando? O cadastramento foi feito, mas sabemos que na área da Tijuca haverá a distribuição de TUAPs, mas no Centro e Madureira teremos que esperar, enquanto isso continuamos correndo da Guarda Municipal ou pagamos arrego, ou taxas para associações, ou diárias para feiras. Precisamos construir e fortalecer uma representação autêntica, que defenda os interesses da maioria dos trabalhadores. O MUCA já demonstrou várias vezes estar ao lado dos que enfrentam dificuldades.

Com o pretexto de organizar a cidade para a Copa do Mundo continuarão as arbitrariedades do Choque de Ordem e os ambulantes continuarão a serem perseguidos, só com nossa organização e com nossa luta, através da participação em assembléias é que poderemos conquistar o respeito das autoridades e dos cidadãos. Vamos defender nosso direito ao trabalho e a cidade.

Eles deveriam colocar em ordem os serviços públicos de Educação, as escolas municipais estão piores, os hospitais e postos de saúde continuam ruins e os transportes também sempre lotados, com engarrafamentos e muito desrespeito aos cidadãos pobres na nossa cidade.

A nossa voz pode ser o MUCA depende de sua participação, o medo e a submissão constroem nossa desunião. Quando homens e mulheres enfrentarem seus problemas com coragem e determinação haverá possibilidade de conquistar uma cidade digna para nós e nossos filhos.

Convidamos a todos os trabalhadores ambulantes para reunião dia 15 de abril às 16hs na av. Presidente Vargas 502 /15º andar, no auditório da Central Única dos Trabalhadores.