LULA: QUEREMOS PAZ PARA OS CAMELÔS

Ao Presidente Luís Inácio Lula da Silva

                                                            Rio de janeiro 10 de agosto de 2023

O Movimento Unido dos Camelôs, que completou 20 anos na defesa do direito ao trabalho das pessoas que ocupam as ruas e as calçadas na cidade do Rio de Janeiro no exercício do comércio ambulante, atuando também na região metropolitana, vem solicitar a intermediação do nosso Presidente da República para obter a Paz Para os Camelôs.

Precisamos urgentemente restabelecer a dignidade humana para os camelôs que lutam para levar o sustento para sua família, para sua casa, sem sofrer a apreensão de mercadorias e a violência da Guarda Municipal, perdendo o pouco que tem. Nós pedimos políticas públicas de inclusão como aumento de autorizações de trabalho, regularização dos depósitos de mercadorias e equipamentos dentre tantas outras. Mas no momento há urgência da mediação pela PAZ, pelo fim das agressões, pelo fim da política de truculência. Nossa saúde, nossa vida depende do fim dessa guerra contra os pobres que querem vender suas mercadorias, que devem ter direito à cidade.

Estávamos nas ruas e fizemos ostensivamente a campanha do Lula em 2022, pois sabemos do compromisso do Presidente Lula com o direito ao trabalho e com a Paz, os seus esforços para diminuir as desigualdades sociais no Brasil e no mundo, como também para o fim da guerra na Ucrânia. Apelamos ao nosso Presidente que faça a mediação para o fim da guerra contra os pobres camelôs na cidade do Rio de Janeiro. Peça ao Prefeito Eduardo Paes um cessar-fogo, queremos sobreviver. Precisamos de um acordo para levar dignidade aos nossos lares.

O MUCA – Movimento Unido dos Camelôs está à disposição para traçar esse entendimento. Contamos com sua sensibilidade e com seu poder de negociação.

Respeitosamente,

Maria de Lourdes do Carmo

Maria dos Camelôs

Coordenadora do

MUCA- Movimento Unido dos Camelôs

#PazParaosCamelôs

#GuardaArmadaNão

#ReviverRioComosCamelôs

Aniversário de 20 anos/ Inauguração do Centro de Referência dos Camelôs

A noite do dia 30/06 vai ficar marcada na história do Movimento Unido dos Camelôs (MUCA). O lançamento do primeiro Centro de Referência dos Camelôs e Trabalhadores Informais do estado do Rio de Janeiro, e a entrega de uma honraria para Maria dos Camelôs são grandes motivos de celebração. Mas – para além destes motivos muito especiais – foi, também, um momento de encontros, sorrisos, abraços, recordações, emoção e comemoração genuína, tanto para os integrantes do MUCA, quanto para nossas/os apoiadoras/es.

Uma solenidade, informal como o nosso movimento, foi realizada, com a composição de uma mesa repleta de parceiras/os de luta do MUCA. Anna Cecília Faro Bonan e André Pacheco, assessora jurídica e coordenador do MUCA, respectivamente, mediaram a mesa. Nossa coordenadora geral, Maria dos Camelôs, foi a primeira a ser convidada, e em seguida, deputado federal pelo PSOL-RJ, Tarcísio Motta; Orlando Santos Junior, professor e pesquisador do Observatório das Metrópoles; Fernanda Vieira, advogada popular e integrante do Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular (NAJUP) Luiza Mahin; Guilherme Pimentel, ouvidor-geral da Defensoria do Rio e presidente do Conselho Nacional de Ouvidorias de Defensorias Públicas do Brasil; Markos Klemz, dirigente do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior); pesquisadora do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Fundação Oswaldo Cruz (Cesteh/Fiocruz), Mônica Olivar. Maria dos Camelôs solicitou uma quebra de protocolo e convidou para a mesa a jornalista e historiadora Claudia Santiago, coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), que segundo ela foi quem a descobriu como uma nova liderança, em 2003. Dando seguimento, a vereadora Luciana Boiteux foi convidada a falar, bem como Juan Leal, presidente do PSOL Carioca.

Após as falas dos participantes da mesa, Tarcísio Motta passou para a entrega da Medalha Chiquinha Gonzaga à Maria dos Camelôs. A homenagem foi aprovada em 2022, enquanto ele ainda era vereador do município do Rio de Janeiro, e tem a coautoria da vereadora Monica Benício.

Em seu discurso, Tarcísio afirmou que esta Medalha deve ser usada para homenagear não só os poderosos e importantes, mas também os que lutam. “Eu tenho muito orgulho de cada Medalha que pudemos dar para pessoas como você, Maria. Essa é a Medalha Chiquinha Gonzaga, destinada ao reconhecimento de mulheres que tenham feito, a cidade do Rio de Janeiro, a luta pelos direitos humanos e pela melhoria do município. Ela leva o nome de uma mulher que era a frente do seu tempo, que ousou enfrentar o patriarcado no contexto da vida e do lugar que ela tinha. Em certa medida, Maria, o reconhecimento hoje também é por isso. Você é uma mulher de luta e de fibra, que ousa enfrentar não só o machismo, mas o modelo de cidade excludente, autoritário e violento, que a gente precisa combater o tempo inteiro. A gente reconhece e homenageia a luta encarnada na Maria nestes 20 anos de existência do MUCA”, ressaltou. Finalizou sua fala, puxando o coro de “Ó abre alas”, de Chiquinha Gonzaga, e foi seguido pelos presentes. Em seguida, entregou a honraria para a nossa coordenadora.

Assim que recebeu, ela convocou os integrantes do movimento, partilhando a homenagem com todos os que lutam diária e coletivamente no MUCA. Carol e Ramon Menezes, Aline Araújo, André Pacheco, e os companheiros de São Paulo, Margarida e Kleber Ramos. Ela aproveitou para agradecer parceiros e colaborados do movimento e pediu perdão aos filhos pela ausência durante a infância deles, por estar nas ruas lutando.

Também estiveram presentes: a deputada estadual Renata Souza, os deputados federais Chico Alencar e Pastor Henrique Vieira, além da participação da mandata da vereadora Mônica Cunha, através de sua assessoria.

Para embalar a confraternização, rolou um samba da melhor qualidade com @zeh.gustavo e @originaisdoporto. E não faltou o bolo para celebrar os 20 anos de luta do MUCA, comemorado todo dia 1° de julho.

Ôh abre alas que eu quero passar, eu sou da luta e quero passar!

Jornal da Band
Claudia Santiago NPC.
Vídeo feito pelo MUCA-SP, Meg e Cleber do Trabalhadores Sem Direitos-SP.
ANDES
Observatório das Metrópoles, Orlando.
Luciana Boiteux, Vereadora Rio de Janeiro.
FIOCRUZ
Maria dos Camelôs e o Deputado Federal Henrique Vieira.

✊🏾 DIA 30/06 – LANÇAMENTO DO CENTRO DE REFERÊNCIA DOS CAMELÔS DO RIO DE JANEIRO 🚩

O Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) completa 20 anos de lutas. Como parte das comemorações, na véspera dessa data tão importante, haverá o lançamento do primeiro CENTRO DE REFERÊNCIA DOS CAMELÔS DO RIO DE JANEIRO, no dia 30/06, às 18 horas.

Na programação, receberemos o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL/RJ), que fará a entrega da Medalha Chiquinha Gonzaga – maior honraria ofertada pela Câmara Municipal – para Maria dos Camelôs, coordenadora e fundadora do MUCA.

Convidamos a todas/os as/os parlamentares, companheiras/os de movimentos populares parceiros, e simpatizantes da nossa causa a comemorarem com a gente ao som de muito samba de verdade.

Neste “sextou” cheio de atividades, também daremos início à campanha “Camelô: Um Patrimônio da Cidade Carioca”, com a finalidade de arrecadar recursos para a manutenção do Centro de Referência.

O MUCA sobrevive há 20 anos da parceria e da colaboração de pessoas que acreditam no nosso trabalho contra a criminalização da categoria, pela regularização das/os trabalhadoras/es, pelo ocupação organizada dos espaços públicos, pelos direitos humanos e pelo direito ao trabalho.

Contamos com a presença de todas, todos e todes nessa celebração. A gente também tem dias de glória no meio das lutas. Cola e vem somar! Ajude a espalhar essa novidade.

🗓️ DIA: 30/06 (sexta-feira)
⏰ HORA:18 horas
📍 LOCAL: CENTRO DE REFERÊNCIA DOS CAMELÔS DO RIO DE JANEIRO (Av. Marechal Floriano, 149 – Centro do Rio)

Camelôs, Eduardo Paes e o governo Lula

Copacabana, dia 20/05/2023, Posto4, assim caminha os direitos dos camelôs no Rio de Janeiro cidade Maravilhosa!

A política de repressão aos camelôs no Rio de Janeiro pelo governo de Eduardo Paes, emblematicamente em Copacabana, traz agressões como as sofridas em 20/05 pelo vendedor de milho, Edson Camilo de Souza morador no morro Tabajaras, que foi atropelado pela viatura da Guarda Municipal/SEOP e em seguida esse camelô que procurava fugir da perseguição foi agredido com pauladas e choques elétricos. Essa agressão à vida e à dignidade das pessoas atinge o governo Lula também, tendo em vista que o partido do presidente compõe a aliança que governa a cidade.

Nós do MUCA – Movimento Unido dos Camelôs que apoiamos a política em defesa aos direitos humanos temos dificuldade em explicar essa situação, quando muitos trabalhadores informais associam essa prática agressiva no município do Rio ao novo governo no planalto central.  

Essa semana Maria dos Camelôs esteve em reunião com o Ministro Márcio Macêdo da Secretaria da Presidência da República e com o Ministro Silvio de Almeida do Ministério dos Direitos Humanos agendada com o movimento dos Trabalhadores Sem Direitos com a pauta de reivindicações das pessoas que vivem do trabalho informal, ela também pode denunciar as agressões sofridas pelos camelôs.

A discriminação e o racismo estão presentes nessa atitude de espancar os trabalhadores nas ruas da cidade como vimos no caso do entregador Renato, que foi agredido pela Guarda Municipal no dia 13/05 na Tijuca. Pedimos ao governo Eduardo Paes que atenda nossas reivindicações e deve começar pelo fim das agressões da SEOP e da Guarda Municipal, além disso receba o MUCA para discutir nossa pauta divulgada no 1º de maio:

•            Concessão ampla de autorizações de trabalho – TUAPs, de forma justa, respeitando critérios de antiguidade e do cadastramento, inclusive com uma fiscalização efetiva que impeça aluguéis e venda de autorizações clandestinas;

•            Regularização de depósitos de mercadorias e equipamentos com orientação e facilitação para que os próprios camelôs possam administrar através de cooperativas, de entidades sem fins lucrativos ou diretamente pelo município;

•            Parar com o estouro de depósitos pelo poder público municipal, o que causa diversos prejuízos para pessoas que já têm uma situação precária;

•            Planejamento e apoio efetivo para constituição de Centros de Referência dos Trabalhadores Informais e

•            Transferência da administração das autorizações, dos assentamentos do comércio ambulante e das negociações com as entidades dos profissionais do trabalho informal, da SEOP para Secretaria de Trabalho.

Aguardamos uma atitude democrática do prefeito, para que ele supere essa triste política violenta e racista que atinge as pessoas que precisam levar o seu sustento e de suas famílias para suas casas. Essa política prejudica a imagem do governo federal. Quem propõe restabelecer a democracia e combater a miséria, não pode permitir o espancamento de trabalhadores por guardas municipais nas ruas de nossa cidade.

#CamelôéTrabalhador

#GuardaArmadaNão

#AutorizaçõesJá

Agentes da Prefeitura do Rio são flagrados agredindo ambulante em Copacabana Excelente matéria no Jornal O Dia em 23/05/2023 da Rachel Siston rachel.dias@odia.com.br

MUCA e os Trabalhadores Sem Direitos em Brasília

O MUCA- Movimento Unido dos Camelôs como organização que compõe o movimento nacional Trabalhadores Sem Direitos , representada pela coordenadora Maria dos Camelôs esteve em Brasília para as reuniões dos Trabalhadores Sem Direitos com o Secretário da Presidência da República, Márcio Macedo, no dia 18 e no dia 19 de maio com o Ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, apresentando nossa pauta de reivindicações com diversas políticas públicas para que as pessoas que vivem do trabalho informal possam ter o direito à vida com dignidade.

Ressaltamos que nós do MUCA realizamos o Manifesto dos Camelôs pela Democracia em 13 de outubro de 2022 e no dia dos Direitos Humanos, 10 de dezembro 2022, enviamos propostas para equipe de transição do governo Lula, que reivindica também o apoio para constituição dos Centros de Referência para os Trabalhadores Informais, experiência que começamos a construir aqui no Centro do Rio de Janeiro e propomos que ocorram políticas públicas e legislação que apoiem esses espaços para todo o Brasil, para que possamos nos organizar e ter um local que dê suporte para nossas atividades.

Maria traz na bagagem mais esperança que o governo vai avançar no atendimento das nossas reivindicações, precisamos estar mobilizados e unidos para pressionar pelo investimento na luta pelos direitos das pessoas que fazem a economia girar com o trabalho informal.

MUCA – Pede Apoio ao Entregador Espancado pela Guarda Municipal


“Livre do açoite da senzala, preso na miséria da favela, …”


Hoje 13 de maio, dia em que comemoramos a assinatura da Lei Aurea que acabou com a escravidão no Brasil, o Movimento Unido dos Camelôs traz a reflexão sobre a vida das pessoas que vivem na informalidade, como tem sido o modo de sobrevivência dos abandonados pelo Estado, desde os ditos escravos de ganho que eram explorados em atividades do comércio ambulante, e depois do completo abandono das pessoas que foram escravizadas após a dita abolição, sem reforma agrária, sem nenhuma política de adaptação e de reparação para as pessoas que sofreram a opressão ao serem desumanizadas, escravizadas pelos colonizadores, pelos proprietários de terras e pelos grandes negociadores da monarquia.
Queremos a liberdade do trabalho, queremos respeito a nossa dignidade, não queremos agressões pela Guarda Municipal, por isso nossa campanha Guarda Armada Não, não queremos capitães do mato espancando negros pelas ruas. A luta pela liberdade deve continuar. Nossos quilombos erguem seus braços em luta.

Venha use máscaras não faremos aglomerações, manteremos a distância necessária.

Ato na Cinelândia 27/04/2023

Denuncia de apreensão de mercadorias de forma ilegal apontando os agentes públicos.
Promessas do Eduardo Paes na campanha eleitoral para o MUCA – Movimento Unido dos Camelôs. Vídeo CENSURADO pelo Youtube, apenas a voz do Prefeito Eduardo Paes e a truculenta Guarda Municipal batendo em camelôs. Restrição política, vocês podem ver no youtube, diz que não é adequado para crianças.

🚨 URGENTE – MOBILIZAÇÃO

✊🏾 O Ato da Cinelândia no dia 27/04 já era oficial, mas agora temos uma bonita arte pra todos compartilharem a manifestação dos camelôs.

📢 Convocamos todos os camelôs do Rio de Janeiro para realizarmos uma pressão histórica na frente da Câmara Municipal, assim mostrarmos de uma vez por todas que somos organizados e mobilizados, se mexer com um vai mexer com todos.

👥️ É na coletividade e na coragem que venceremos os desafios que o prefeito @eduardopaes vem trazendo com sua política mercadológica que serve para favorecer poucos e consequentemente prejudica a população mais vulnerável a qual nossa categoria está inclusa.

Para quem não é camelô e simpatiza pela causa sua presença é mais do que bem-vinda, ela é essencial para firmarmos o quanto a sociedade civil apoia o nosso direito ao trabalho.

Até porque um camelô não nasce camelô, todos nós devido ao desemprego, a insegurança alimentar e a necessidade de oferecer uma vida digna a família podemos nos tornar um e se esse pesadelo te acometesse você não gostaria de viver sobre a ameaça que vivemos. Empatia é crucial para a construção de novos tempos.

Compartilhe e convide mais pessoas para gritarmos numa única voz:

🗣 Camelô é trabalhador!!

Partiu dia 27/04, te esperamos lá!!
https://www.instagram.com/p/CrUHbmLpDAn/?igshid=MDJmNzVkMjY=

Fala da Maria dos Camelôs coordenadora do MUCA durante o Ato.
Entrevista para o RJTV.
Ato das Mulheres Camelôs acorrentadas no Palácio Pedro Ernesto, Câmara de Vereadores da Cidade do Rio de Janeiro, na Cinelândia. A coordenadora do MUCAMovimento Unido dos Camelôs, Maria dos Camelôs, pede negociação com o prefeito Eduardo Paes e reivindica o fim da violência, o fim da apreensão ilegal de mercadorias, do estouro de depósitos e das agressões da Guarda Municipal contra as pessoas que exercem o trabalhado informal na luta conjunta com o movimento nacional dos Trabalhadores Sem Direitos.
Pedido de regularização de camelô acorrentada na porta da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Palácio Pedro Ernesto no Ato da Cinelândia dia 27/04/2023.
Mulher camelô acorrentada na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro pede negociação com o Prefeito Eduardo Paes.

O DIA

G1

Brasil de Fato

Em Foco

TV BRASIL reportou também o final da nossa manifestação, conseguimos marcar uma audiência com a assessoria do prefeito Eduardo Paes, que está em viagem aos EUA.

MANIFESTAÇÃO COM SÃO SEBASTIÃO CONTRA AS OPERAÇÕES DE VERÃO EM COPACABANA

NOTA DE REPÚDIO ÀS VIOLÊNCIAS PRATICADA PELA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO CONTRA OS CAMELÔS EM COPACABANA

O movimento dos Trabalhadores Sem Direitos e o Movimento Unido dos Camelôs – MUCA vêm à público manifestar a grande insatisfação com o tratamento dado a/aos trabalhadoras/es camelôs e ambulantes do Rio de Janeiro, especialmente no bairro de Copacabana.
Estamos denunciando desde o final do mês de dezembro de 2022 os ataques sofridos pelas/os trabalhadores da região, orquestrados pela Secretaria de Ordem Pública da cidade do Rio de Janeiro, juntamente com a Guarda Municipal. Estes órgãos promovem apreensões ilegais de mercadorias diariamente. Com a mesma frequência temos recebido uma enxurrada de denúncias, muitas vezes com vídeos, mostrando as agressões a/aos trabalhadoras/es. As operações iniciaram pouco antes do Réveillon, quando ambulantes se preparavam para atender turistas e moradores do Rio,
Queremos democracia e para isso é necessário o respeito a dignidade de todas pessoas que trabalham nas ruas de nossa cidade.
Para que tenhamos direito à ocupação organizada das ruas da cidade, o movimento dos Trabalhadores Sem Direitos e o Movimento Unido dos Camelôs – MUCA se uniram as/aos trabalhadoras/res de Copacabana para repudiar essas operações da gestão de Eduardo Paes. Não podemos aceitar a discriminação da categoria, muito menos as violências praticadas por agentes públicos da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Convocamos, portanto, uma manifestação para o dia 18/11/2023 às 11 horas, em Copacabana, para mostrar nossa revolta e indignação com esse tratamento antidemocrático. Nós buscamos diálogo. Aguardamos, desde 2020, que se cumpram as políticas públicas prometidas na campanha eleitoral de Eduardo Paes: concessão de mais autorizações de trabalho, pois ainda temos cadastrados que desde 2009 esperam por suas TUAPs; regularização dos depósitos de mercadorias e equipamentos para camelôs e ambulantes; constituição e apoio aos Centros de Referência dos Trabalhadores Informais; o não armamento da Guarda Municipal e o afastamento dessa corporação da fiscalização do comércio ambulante.
A regularização das pessoas que de fato exercem o comércio ambulante é fundamental para acabar com essas operações que visam apenas reprimir a quem precisa levar o sustento para sua casa e para sua família.
Pela democracia e pelo direito ao trabalho dos camelôs repudiamos as operações truculentos em Copacabana da SEOP – Secretaria de Ordem Pública da Prefeitura do Eduardo Paes na cidade do Rio de Janeiro

#CamelôéTrabalahador

#GuardaArmadaNão

#CopacanaComCamelô

https://www.youtube.com/shorts/HHJc3-adbOs

Fala final do Ato em Copacabana
Passeata em Copacabana

Camelôs protestam contra ações irregulares da Prefeita em Copacabana

A manifestação dos camelôs e ambulantes promovida pelo Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) e pelo movimento Trabalhadores Sem Direitos teve início às 11 horas, na Praça Serzedelo Correa, com a participação de centenas de trabalhadores de Copacabana que vêm sofrendo com as ações arbitrárias da Prefeitura do Rio desde a segunda quinzena de dezembro passado.
Os manifestantes foram escoltados pela Polícia Militar, que impediu o uso do carro de som, mesmo que não haja previsão legal para esse impedimento, conforme foi informado pelos advogados da Comissão de Direitos Humanos e Assistencia Judiciária da OAB-RJ e da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro também presentes. Além dos Membros das respectivas Comissões de Direitos Humanos, a Ouvidoria da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPGE-RJ) também acompanhou a manifestação em apoio aos trabalhadores que lá estiveram.
Uma imagem de São Sebastião foi conduzida durante o ato pelo fato de que o santo também fora perseguido em prol da verdade.
A manifestação respeitou as orientações da Polícia Militar e se localizou em frente à praça e depois seguiu em caminhada na Avenida Atlântica, numa faixa exclusiva para os manifestantes.
Durante o ato foram recolhidas assinaturas para um manifesto civil que será encaminhado para a Prefeitura.
“Seguimos aguardando que o prefeito cumpra suas promessas de campanha e dê melhores condições de trabalho para a categoria. Ele segue sem dialogar e, pior, atuando com extrema violência contra ambulantes. Dia 20 é dia de São Sebastião e a gente está com essa imagem do santo padroeiro do Rio de Janeiro aqui para proteger os camelôs. O Eduardo Paes sempre anda com essa imagem debaixo do braço e nós queremos pedir ao prefeito que deixe os camelôs trabalharem. Somos trabalhadores! Vamos estar sempre na luta para colocar comida no prato dos nossos filhos! Não vamos abaixar a cabeça! Não vamos deixar nossos filhos serem marginalizados. Vamos continuar lutando por direitos! Camelô é trabalhador!”, bradava Maria dos Camelôs durante a caminhada pela orla de Copacabana.
Além da manifestação, a Assessoria Jurídica do MUCA se reuniu com diversas instituições em defesa dos direitos humanos, como o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da DPGE-RJ, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF, a Comissão de Direitos Humanos da ALERJ, a Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ e o Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular Luiza Mahin da UFRJ. As instituições conjuntamente oficiaram a prefeitura e a secretaria de ordem pública solicitando uma reunião emergencial para tratar das questões demandadas pelos trabalhadores ambulantes, além de solicitar informações acerca das apurações sobre os casos de violência que lhes foram relatados.

MUCA Envia Propostas para Equipe de Transição do Governo Lula

No dia 10 de dezembro de 2022, dia dos Direitos Humanos, encaminhamos para a Equipe de Transição do Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva nossas principais sugestões de políticas públicas para as pessoas que trabalham nas ruas das cidades, no comércio ambulante, na prestação de serviços ou em outras atividades de trabalho precarizadas, percebemos que a nossa experiência na luta em defesa dos camelôs nos permite fortalecer essa interlocução muito necessária com o novo governo.

Enviamos para os grupos temáticos de trabalho, de cidades e de previdência. Desejamos que esse diálogo prospere, que nossas reivindicações sejam acolhidas e que possamos conquistar o respeito, melhorando a qualidade de vida para as pessoas que vivem do trabalho informal. A participação no debate e a divulgação da nossa luta é essencial para obtermos a vitória.

À Coordenação da Equipe de Transição de Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva  

Senhor Aloízio Mercadante,

                                                      Rio de Janeiro 10 de dezembro de 2022

Os camelôs e o trabalho informal nas cidades do Brasil

O processo de restruturação produtiva encabeçado pelas agendas neoliberais tem impulsionado as trabalhadoras e os trabalhadores para o mercado informal de trabalho, no Brasil e no mundo. E essa sequer é uma questão completamente nova. Já no final da década de 90, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional passaram a recomendar a expansão do setor informal diante da crise do desemprego generalizado, complementar às políticas de proteção social para os mais pobres. E de lá para cá, a informalidade de fato se expandiu por toda parte. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2018, apontou em um trabalho inédito que o emprego informal já representava 61% de toda a força de trabalho empregada no mundo[1].

No Brasil, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do início da década de 90 até meados dos anos 2000, a taxa de ocupação na informalidade sempre esteve próxima a uma média de 50%. Apesar de ter tido uma breve redução nos primeiros anos dos governos do Partido dos Trabalhadores, ela retornou a subir, em especial com a nova forma jurídica do MEI (microempreendedores individuais). No ano de 2018, já após o golpe jurídico-parlamentar de Dilma Rousseff, a PNADC do IBGE, apontou que no ano anterior o trabalho sem carteira assinada superou o emprego formal, podendo considerar esse um pico da informalidade[2]. Já em 2019, apesar da leve redução da taxa de informalidade nacional, a mesma bateu recorde em 19 estados do país e no distrito federal[3]. Entre os anos de 2020 e 2021, segundo a divulgação da PNAD do IBGE, os trabalhadores informais somaram um contingente acima de 35 milhões de cidadãos precarizados (incluindo trabalhadores autônomos, trabalhadores do setor privado sem carteira assinada e trabalhadores não remunerados)[4].

Assim, cada vez mais, se torna evidente que a informalidade é o novo padrão de trabalho do mundo contemporâneo, e um importante setor da economia brasileira. No entanto, raras são as vezes que os trabalhadores informais são convidados a participar dos debates políticos e econômicos em nosso país.

O Movimento Unido dos Camelôs – MUCA, com a experiência de 19 anos de luta pelo direito ao trabalho nas ruas das cidades, principalmente no Rio de Janeiro, tem formulado propostas para políticas públicas que atendam à dignidade humana de quem está vivenciando o desemprego e vai às ruas das cidades para vender mercadorias e serviços com vistas a manter seu sustento pessoal e da sua família. A histórica profissão de ir às ruas para vender mercadorias e exercer outros trabalhos informais enfrenta, por sua vez, muitas situações de discriminação e violência.

O MUCA, embora organize a categoria dos trabalhadores ambulantes, sempre se manteve articulado com outras categorias de trabalhadores informais, como por exemplo as diaristas e os catadores, considerando a necessária interlocução entre as demandas daqueles que vivem na informalidade. Por isso mesmo, nos últimos anos, tem acompanhado os fóruns de debates sobre as novas formas de precarização do trabalho como os serviços de entregadores e motoristas por plataformas na internet, participando da fundação do Movimento Trabalhadores Sem Direitos.

Para além do trabalho, o MUCA acredita que a informalidade é também uma questão de condição de vida, de modo que muitos trabalhadores vivem em condição informal inclusive em relação a outros direitos sociais, a exemplo dos muitos cidadãos que vivem hoje em ocupações urbanas na luta pelo direito à moradia digna. Nesse sentido, o MUCA tem participado de iniciativas que discutem e disputam a política das cidades de modo mais amplo, como o Grito dos Excluídos, o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas na época dos Megaeventos, e o Fórum sobre Reforma Urbana na luta pelo direito à cidade que inclui propostas de políticas públicas de moradia popular, educação, saúde pública, mobilidade, lazer e outras.

Hoje, entendemos que é fundamental organizar Centros de Referência para os trabalhadores informais que possam orientar sobre os serviços públicos de assistência social, saúde e educação, sobre o cadastramento nos programas de Bolsa Família, sobre os locais e programas de vacinação do SUS, sobre programas de educação e capacitação profissional, sobre creches próximas aos seus locais de trabalho ou residência, sobre o acesso à justiça quando seus direitos são violados, sobre as políticas de incentivo do governo quando essas lhe auxiliem, sobre as possibilidades de regularização previdenciária. No caso dos trabalhadores ambulantes, é fundamental que tais Centros de Referência realizem a orientação e o apoio para os trâmites das autorizações municipais para o trabalho nas ruas, bem como a respeito das taxas, multas e dos cancelamentos dessas, de acordo com a normativa do seu próprio município.

Ao demandar os Centros de Referência, também defendemos uma cidadania ativa, de modo que esses espaços sejam constituídos e gestionados pelos próprios movimentos sociais e organizações dos trabalhadores informais, ou seja, verdadeiros instrumentos democráticos. As e os trabalhadores informais sabem do que precisam, vivem na pele as mazelas e dificuldades de suas condições e devem ter garantida a possibilidade de participar ativamente da criação e da realização das políticas públicas que lhes são destinadas. Assim, é essencial que existam incentivos para a criação desses Centros de Referência, inclusive garantindo o espaço físico a partir da destinação de imóveis públicos em desuso e mesmo de desapropriação de imóveis privados abandonados, isto é, que não cumpram a função social da propriedade privada prevista na Constituição Federal.

Em âmbito das esferas municipais, O MUCA tem reivindicado que o poder público possa oferecer:

  • Espaços para depósitos públicos e/ou autogestionados de equipamentos e mercadorias para os camelôs;
  • Aumento de autorizações de trabalho para o uso de áreas públicas, atendendo a demanda concreta de trabalhadores ambulantes;
  • Inclusão das organizações das pessoas que exercem o trabalho de rua na discussão dos Planos Diretores das Cidades e outros planos que impactem nas definições das áreas que possam acomodar esses trabalhadores;
  • Que a camelotagem deixe de ser tratada como mera questão de ordem pública, ou seja de ostensiva fiscalização e repressão. Que seja ofertado tratamento que respeite a dignidade dos trabalhadores ambulantes, com instrumentos adequados de proteção, inclusive contra o abuso de poder por parte dos agentes estatais.
  • A retirada das agências das Guardas Municipais da fiscalização do comércio ambulantes, em razão de evidente desvio de função constitucional (previsto no art. 144, §8º da CRFB/88). Nesse sentido, apesar da previsão da Lei Federal n.º 13.022/2014, somos contra o armamento da Guarda Municipal, medida que deixa os camelôs ainda mais ameaçados e vulnerabilizados;

Embora, num primeiro olhar, essas questões devam ser atendidas pelos governos municipais, entendemos que o governo federal tem papel fundamental na formulação e incentivo desses projetos. Há, por exemplo, a possibilidade de inserir novos dispositivos no Estatuto das Cidades, para garantir expressamente a demarcação de áreas públicas para o exercício do trabalho de rua (incluindo não só os camelôs, mas também artistas de rua e outros). Além disso, é imperativo que o próprio Governo Federal fiscalize a aplicação regular da Lei Federal n.º 10.257/01 e seus instrumentos de participação popular.

Na esfera federal, é possível a proposição de uma Lei Geral que regulamente os direitos das pessoas que exercem o trabalho informal, ou mesmo do comércio ambulante, segmento importante na economia do país, criando parâmetros para as Leis Municipais. Nossa reivindicação é que nesse governo ocorra uma Política Pública Nacional para as pessoas que vivem do comércio ambulante e do trabalho informal.

A respeito do armamento das Guardas Municipais, que foi turbinado no governo pró-armas de Bolsonaro, é possível fazer a revisão da Lei Federal n.° 13.022/2014, retirando a previsão de uso de armas ou criando limites mais rigorosos, inclusive a vedação de guarda armada na fiscalização do comércio ambulante e de outros trabalhos nas ruas das cidades.

Outro ponto importante, diz respeito a retomar as discussões acerca da garantia dos direitos previdenciários dos trabalhadores informais, inclusive de como hoje isso está estabelecido dentro da forma do MEI. Com o aumento do trabalho precário ocorrerá no futuro um aumento de idosos sem direito a aposentadoria no caso da falta de providências que devemos planejar. O debate da informalidade deve ser prioritário ao se repensar o Sistema de Seguridade Nacional. Não há justiça social quando nos deparamos com idosos que trabalharam por anos a fio nas ruas das cidades em completa miséria pela falta de políticas públicas que garantam um acesso a previdência social, não só como um benefício genérico de amparo a pobreza, mas como um direito próprio decorrente do exercício do trabalho.

Agradecemos a oportunidade de manifestarmos nosso ponto de vista, desejamos bons resultados a administração que ora se inicia e abre a interlocução com os movimentos sociais. Estamos dispostos a dialogar e contribuir para uma administração democrática que conceda oportunidade de desenvolvimento para as pessoas que vivem do trabalho informal.

Atenciosamente,

Maria de Lourdes do Carmo

Maria dos Camelôs

Coordenadora do MUCA – Movimento Unido dos Camelôs


[1] ILO. Women and men in the informal economy: a statistical picture (third edition) / International Labour Office – Geneva: ILO, 2018. Disponível em https://www.ilo.org/global/publications/books/WCMS_626831/lang–en/index.htm

[2] CURY, Ana; BRITO, Carlos; GAZZONI, Marina; e CAVALLINI, Marta. Trabalho sem carteira assinada e ‘por conta própria’ supera pela 1ª vez emprego formal em 2017, aponta IBGE. G1, Economia, Brasil, 31 de janeiro de 2018. Disponível em https://g1.globo.com/economia/noticia/trabalho-sem-carteira-assinada-e-por-conta-propria-supera-pela-1-vez-emprego-formal-em-2017-aponta-ibge.ghtml

[3] AMORIM, Daniela; RIBEIRO, Flávia. Informalidade cresce e é recorde em 20 estados. Estadão, Economia, Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 2020. Disponível emhttps://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2020/02/15/informalidade-cresce-e-e-recorde-em-20-estados.htm#:~:text=No%20ano%20de%202019%2C%20a,pessoas%20entre%20os%20trabalhadores%20ocupados.

[4] Houve também um aumento expressivo no número de desalentados ou seja, de pessoas que simplesmente pararam de trabalhar e mesmo de procurar trabalho, sendo necessário considerar como variável a instauração da pandemia ocasionada pelo novo coronavirus Covid-19.

MANIFESTO DOS CAMELÔS PELA DEMOCRACIA

Nós estamos nas ruas das cidades vendendo mercadorias para ganhar o sustento das nossas vidas, que fazemos parte da família das pessoas que produzem com o trabalho informal e sem direitos, precisamos nos posicionar sobre o futuro do nosso Brasil. A decisão política é agora, vamos votar escolhendo o projeto que pode garantir a qualidade de vida da nossa comunidade.

Fazer política é poder decidir onde investir o orçamento do Estado, como criar e como dividir as riquezas do nosso país. Há uma luta pela apropriação desses valores. Nesse momento, nós pobres, precários e favelados devemos fazer a diferença, pois somos a maioria. Devemos nos posicionar pela distribuição da riqueza, contra a desigualdade e pela democracia participativa. Queremos ter voz e determinar os destinos da nossa nação.

O Movimento Unido dos Camelôs – MUCA não tem vínculo partidário e está ao lado de todas as pessoas que batalham pela sobrevivência, queremos garantir um futuro de oportunidades e de diálogo com os governos para assegurar políticas públicas inclusivas, com direitos ao trabalho, à moradia, à educação e à saúde, com investimentos públicos e sem orçamentos secretos. Por isso nós apoiamos o ex-presidente Lula 13.

Por quê votar no LULA 13?

Porque só ele tem compromisso com a distribuição de renda e oportunidades como nas propostas de:

Aumento real do salário mínimo, com investimentos públicos em moradia, em educação e saúde.

Renegociação das dívidas com desconto para as famílias e para os pequenos negócios.

Auxílio Brasil no valor de 600 reais continuando as políticas de renda básica iniciada no governo do Lula.

Cozinhas solidárias e continuação dos programas de combate a fome com apoio a merenda escolar e para agricultura familiar.

São vários motivos para apoiar Lula 13 e evitar a violência política, a falta de respeito pelas diferenças. Vamos apoiar a paz e o diálogo. Somos contra à militarização das cidades, contra a facilitação da venda de armas. Queremos creches e educação integral. Mais participação popular para garantir investimentos públicos para melhorar nossa vida.

 Nós Camelôs pela Democracia vamos estar nas ruas para garantir a vitória de Lula Presidente, para conversar com as/os trabalhadora(e)s informais. Vamos unidos avançar para um Brasil melhor.

Lula 13

TRICICLOATO -MUCA NAS RUAS

Camelôs Protestam da Candelária até a Prefeitura do Rio e Ocupam Secretaria de Fazenda

AUXÍLIO CAMELÔ, JÁ!

Essa é acampanha junto com o Meu Rio, acesse e participe vamos pressionar:

2022 vai ser mais um ano em que os cariocas vão ficar sem carnaval de rua. Dá vontade de chorar, né? Mas tudo bem, porque entendemos que a situação da pandemia é crítica e precisamos nos proteger nesse momento. E enquanto a gente descansa e comemora o carnaval em casa, muitos trabalhadores vão passar por um sufoco e ter sua renda comprometida.

vamos enviar o nosso pedido lotando a caixa de email do Eduardo Paes e pressioná-lo para que ele amplie o auxílio e proteja também TODOS os Camelôs de festa, aqueles que efetivamente trabalham no Carnaval! Camelô é trabalhador! Prefeito, se você é do Carnaval, chegou a hora de mostrar, libere esse auxílio já!

TricicloAto

Após receber o decreto do Eduardo Paes que amplia a zona de exclusão dos camelôs no Centro do Rio de Janeiro no Projeto Reviver Centro, além de perceber que o pagamento do Auxílio Ambulante do Carnaval de Rua Carioca só ocorrerá para os cadastrados pela Ambev em 2020, ocorre uma grande insatisfação.

A prefeitura não cumpriu o combinado como o assentamento dos camelôs na Carioca, na Rua Nelson Mandela em Botafogo e não avançou nas negociações da Gardênia.

Com essa revolta o MUCA – Movimento Unido dos Camelôs resolveu fazer uma manifestação, hoje, 15 de fevereiro de 2022 exigindo o atendimento das reivindicações. Antes da manifestação chegar na sede da Prefeitura na Cidade Nova algumas pessoas que participam desse coletivo dos camelôs foram para Secretaria de Fazenda para ocupar o andar e exigir uma reunião com o Secretário Pedro Paulo.

A surpresa foi um fator importante nessa pressão e após muita negociação fomos atendidos pelo Brenno Carnevale Secretário da Ordem Pública. Numa longa reunião conseguimos pautar nossas reivindicações como a legalização de depósitos para nossas mercadorias e nossos equipamentos e toda a pauta pendente de solução.

Estamos divulgando aqui os cards com nossa pauta, as fotos da manifestação e os links das reportagens como o registro de mais um passo da nossa história e para servir de fonte para quem quiser conhecer e estar junto na nossa luta.

Maria dos Camelôs fala sobre areunião após o TricicloAto
TricicloAto na Av. Presidente Vargas

O MUCA junto com a Garagem Delas está fazendo uma campanha com o Meu Rio para que o Prefeito Eduardo Paes faça um cadastramento dos camelôs de eventos tanto para conceder o Auxílio Ambulante Carnaval de rua Carioca, mas para que ocorra o reconhecimento dessas pessoas que trabalham nos eventos culturais da cidade e que eles não sofram perseguição da fiscalização e de guardas municipais e acabem perdendo suas mercadorias e seus equipamentos de trabalho. Também vamos fazer uma campanha de arrecadação junto com a plataforma da Benfeitoria para atender alguns camelôs compensando um pouco a suspensão do carnaval de rua no Rio e provando que a solidariedade é o caminho para fazermos uma cidade mais justa.

Na Candelária
Saindo da Candeléria Maria, Tarcísio e Luciana.

Ambulantes fazem protesto no Rio de Janeiro por benefício maior após cancelamento do carnaval

Representantes dos camelôs foram recebidos na Prefeitura e cobraram promessas de campanha de Eduardo Paesão

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

 15 de Fevereiro de 2022 às 15:17

No início de fevereiro, a Prefeitura do Rio anunciou que pagará, em parcela única, um auxílio de R$ 500 aos ambulantes por conta do cancelamento do Carnaval. O Muca alega que o auxílio pago deveria ser de R$ 1.000 e que o pode público precisa ampliar o número de trabalhadores atendidos pelo benefício.

Outras pautas

O Muca também quer que a Prefeitura derrube decretos para remover os camelôs de algumas áreas do centro da cidade por conta do programa Reviver Centro, que os boxes de trabalho retirados da rua Nelson Mandela, em Botafogo, e do Gardênia, em Jacarepaguá, sejam recolocados no local. Os ambulantes querem que a Prefeitura crie depósitos públicos para mercadorias dos trabalhadores.

Os ambulantes pedem ainda a retirada da Secretaria de Ordem Pública (Seop) das decisões sobre políticas públicas para a categoria. O Muca disse, em comunicado, que após as eleições e durante os anos de 2021 e início de 2022 “já é perceptível o aumento na repressão com nossa categoria, que passa por um dos momentos mais difíceis”.

“É fácil entender quando lembramos que a pandemia reduziu a circulação de pessoas, mas também aumentou o desemprego e fez mais pessoas se voltarem ao trabalho informal. Isso se soma ao fim do carnaval, que é em nosso meio a época do ano em que mais lucramos. A renda que garante a compra do material didático da escola dos nossos filhos, o pagamento das dividas e dos impostos”, afirma o movimento.

Longa caminhada para dizer Camelô é Trabalhador.

A grita do pessoal das três rodas com Eduardo Paes

Saiu uma nota no Alcelmo Goes

Eduardo Paes, em boa hora, diga-se a seu favor, instituiu um auxílio camelô de R$ 500 depois que teve de cancelar o carnaval de rua, por causa da pandemia.

Só que Maria de Lourdes do Carmo, a Maria dos Camelôs, que comanda o Movimento Unido dos Camelôs (Muca), diz que a lista de beneficiados da Prefeitura do Rio é pequena: cerca de 10 mil.

“São mais de 40 mil que têm no carnaval uma espécie de terceiro salário”, diz Maria dos Camôs. Ela defende que a Prefeitura faça um censo atualizado dos camelôs da cidade.

Vem daí a ideia de pressão prometer realizar hoje um “tricicloato”. A turma diz que vai para a prefeitura pilotando “Triciclos”, aquela bicicleta de três rodas que eles usam para vender tudo, como pipoca ou mesmo bebida, por exemplo.

Ambulantes protestam e pedem extensão do Auxílio Ambulante Carnaval Carioca

Representantes do Movimento Unido dos Camelôs participou de reunião com secretário de Ordem Pública e fez uma série de reivindicações

Associação cobra inclusão de mais ambulantes em auxílio anunciado pela prefeitura do Rio

De acordo com o Movimento Unido dos Camelôs (MUCA), o número de ambulantes que precisam do auxílio é quatro vezes maior que esse

Ambulantes protestam e pedem extensão do Auxílio Ambulante Carnaval Carioca

A três dias do pagamento do Auxílio Ambulante Carnaval Carioca, pela Prefeitura do Rio, representantes do Movimento Unido dos Camelôs (Muca) e ambulantes organizaram dois atos nesta terça-feira, no Centro do Rio. A extensão do benefício a mais ambulantes é uma das reivindicações da categoria.

Pela manhã, o grupo fez um tricicloato e seguiu da Candelária até o edifício da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. À tarde, eles ocuparam a Secretaria Municipal de Fazenda e participaram de uma reunião com o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.

Reunião com a SEOP

A três dias do pagamento do Auxílio Ambulante Carnaval Carioca, pela Prefeitura do Rio, representantes do Movimento Unido dos Camelôs (Muca) e ambulantes organizaram dois atos nesta terça-feira, no Centro do Rio. A extensão do benefício a mais ambulantes é uma das reivindicações da categoria.

Pela manhã, o grupo fez um tricicloato e seguiu da Candelária até o edifício da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. À tarde, eles ocuparam a Secretaria Municipal de Fazenda e participaram de uma reunião com o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.

— O auxílio carnaval deve ser pago a todos os que trabalham na rua. A prefeitura vai pagar nove mil pessoas. Mas são mais de 40 mil pessoas que trabalham no carnaval. Só no Muca para o Carnaval, temos 4,7 mil cadastrados — afirmou Maria dos Camelôs, coordenadora do Muca.

O grupo queria uma reunião com o secretário municipal de Fazenda e Planejamento do Rio, Pedro Paulo Carvalho, mas foi recebido por Alex Costa, ex-secretário de Ordem Pública, e Carnevale, titular da pasta.

Foram cerca de duas horas e meia de reunião. Além da extensão do Auxílio Ambulante Carnaval Carioca para todos os camelôs que trabalham na rua, os manifestantes também reivindicaram a reconstrução de 145 lojas na Gardênia Azul que teve 170 lojas retiradas em processo de revitalização; a construção de boxes para o retorno de 35 quiosques que foram demolidos na Rua Nelson Mandela, em Botafogo; retorno dos camelôs para espaços de trabalho,que, segundo o Muca, foram perdidos após as fase 1 e 2 do Reviver Centro; criação de depósitos públicos de mercadorias para os camelôs; revitalização do camelódromo na Lapa e organização dos camelôs que trabalham no entorno; suspensão do pagamento do termo de utilização de área pública (Tuap) de 2022; e retirada da Seop das decisões sobre políticas públicas para os camelôs.

Maria afirmou que todas as pautas foram apresentadas ao secretário e que eles devem ter uma resposta até sexta-feira. Ela disse que o grupo espera ainda uma agenda com o prefeito Eduardo Paes:

— Na campanha, ele fez promessa de se reunir com a gente, e até agora não teve reunião nem parceria.

Em nota, a Secretária municipalde Ordem Pública disse o secretário Brenno Carnevale “recebeu o grupo de comerciantes ambulantes e ouviu todos os pleitos apresentados por eles. Algumas das solicitações já estavam em processo de análise pela SEOP e terão um retorno em algumas semanas.